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quinta-feira, 1 de abril de 2021

O PROFETA E A PROFECIA

 

  Paz e graça da parte de Deus nosso Pai. Interrompo mais uma vez a série A GUERRA INVISÍVEL CONTRA O IMPÉRIO DAS TREVAS a fim de atender solicitação para escrever o presente artigo.

Uma enxurrada de “profecias" tem invadido as redes sociais nesses últimos dias. Confesso que chega a ser assustador a quantidade de videos e áudios que recebo em meu Whatsap diariamente.

Alguns afoitos, outros emocionados e alguns sem o mínimo de conhecimento das Escrituras Sagradas “profetizam" em nome do Senhor, quando o Senhor não lhes falou coisa alguma, causando, assim, pânico na mente dos ingênuos, incautos e imaturos.

Desafortunadamente, crentes cuja base bíblica mostra-se frágil em virtude de desprezaram o ensino bíblico nos cultos de doutrina e na Escola Dominical, esses estão sendo arrastados por ventos de doutrinas da era pós-moderna.

À época da Igreja Primitiva turbulências doutrinárias foram veemente refutadas à luz da Palavra de Deus. João, apóstolo do amor, em sua primeira epístola, dedicou especial atenção no capítulo 2 para combater os que haviam se feito anticristos. Os tais afirmavam que Jesus não veio ao mundo em carne. Assim, os “anticristos” difundiam o gnosticismo no seio da Igreja.

- O gnosticismo é um sistema de correntes filosóficas religiosas sincréticas que teve como base filosofias pagãs da antiguidade, que floresciam na Babilônia, Pérsia, Egito, Síria, Grécia... No início o gnosticismo, não se tratava de um conjunto coerente ou uniforme de crenças, mas sim de uma constelação de movimentos que partilhavam características em comum, esses movimentos foram se mesclando e no século primeiro começou a tomar forma.

- O gnosticismo, juntamente com o legalismo judeu, foram as primeiras grandes heresias enfrentadas pela igreja primitiva de Cristo, ambas são relatadas e combatidas nos textos bíblicos apostólicos.

- O que é Gnose?

Do grego "gnosis", que significa "conhecimento". O gnosticismo revindicava a posse de conhecimentos secretos que, segundo eles, os tornam superiores aos homens comuns desprivilegiados do mesmo. Esse conhecimento é diferente do conhecimento intelectual, acadêmico, empírico, mas trata-se de um saber espiritual, intuitivo, adquirido de forma puramente espiritual através da experiência direta, algo sobrenatural.

Os gnósticos buscam sua “salvação espiritual”, que eles chamam de "libertação", através de experiências direta, ou seja, sem intermediários, de modo intransferível e secreto, não compartilhável, pois segundo eles, o ser humano não pode entender a divindade através de relatos de terceiros.

Há algumas correntes gnósticas:

·       Gnosticismo Setiano - mais próximo ao Judaísmo;

·       Gnosticismo Valentiniano - que seguia a visão de Valentim;

·       Gnosticismo Basilidiano - que seguia a visão de Basilides.

O termo "Gnose" acabou designando, nos tempos atuais, um conjunto de tradições que acreditam no aspecto espiritual do universo, numa espécie de panteísmo. A Gnose contemporânea é uma corrente de pensamento esotérica, normalmente identificada com o misticismo oriental, teosofia, cabala, rosa-crucianismo, maçonaria, nova era, entre outros. 

          Do gnosticismo temos duas vertentes filosóficas extremas e perigosas: o ascetismo e o liberalismo.

ASCETISMO - doutrina filosófica que defende a abstenção dos prazeres físicos e psicológicos, acreditando ser o caminho para atingir a perfeição e equilíbrio moral e espiritual; 

LIBERTINAGEM - privilégio da liberdade desenfreada.  João afirma a tal respeito: "Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo" (1 Jo 4:2,3).

 O propósito do agnosticismo é a libertação da matéria que pode ser alcançado através de um saber mágico, um conhecimento transcendental (a gnose - ação de conhecer; conhecimento, ciência, sabedoria).

Uma outra definição - FILOSOFIA•OCULTISMO - Conhecimento esotérico da verdade espiritual, combinando mística, sincretismo religioso e especulação filosófica, que diversas seitas dos primeiros séculos da era cristã, consideradas heréticas pela Igreja, acreditavam ser essencial à salvação da alma.

Como a partícula divina já está aprisionada no homem, nenhuma atitude sua poderia melhorar ou piorar sua natureza, o que se requer é a liberação dessa partícula através da aniquilação da matéria. Todavia, a Bíblia deixa bem claro que o corpo também será salvo, o homem é um ser completo e será salvo por completo (1 Co 15 – o ensino de Paulo sobre o último aspecto da salvação: a glorificação corpórea).  É com o propósito de combater tais heresias que João escreve sua epístola.

O profetismo em Israel ou movimento profético é bem conhecido dos estudiosos da Bíblia.

“O movimento profético encontrou seu nascedouro e ápice no período do estabelecimento, consolidação e falência do sistema monárquico de governo em Israel. A partir desse referencial, pretende-se demonstrar como o discurso profético que proclamava a “Palavra de YHWH” estava intrinsecamente relacionado com a exigência da prática de justiça em todas as esferas da sociedade da época.” Researchgate.net    

Por meio dos profetas, Deus revelava-se ao povo de Israel, trazendo-os para perto de Si. Quanto mais distante de Deus, mais o povo transgredia a Lei que fora entregue a Moisés para que este instruísse a nação.

Faz-se necessário um melhor entendimento sobre o que é o profeta e o que é a profecia.

Numa rápida pesquisa sobre o assunto, apresento aqui o seguinte conteúdo do site isaltino.com.br:

-         Antes de falarmos dos profetas é precisamos compreender o que foi o profetismo em Israel, para sabermos, com mais exatidão, quem foram eles. Primeiro, o movimento, em si. Depois, as pessoas que compuseram o movimento. Se não fizermos assim, corremos o risco de discutir um assunto que não terá ficado bem definido, tamanha a diversidade de conotações que o termo recebe em nossos dias. E então não chegaremos a um ponto proveitoso em nossa análise. Para algumas pessoas, em nosso tempo, o profeta é uma pessoa que adivinha coisas 1 . Profecia, nesta ótica, é adivinhação. É assim o conceito secular, no entendimento de pessoas sem o conhecimento do sentido bíblico do termo. Isto acontece também em alguns grupos carismáticos e neopentecostais: profetizar é fazer revelações, algumas delas absolutamente sem sentido, sobre a vida das pessoas. Este era o conceito de profeta entre os pagãos. A lecanomancia (leitura do futuro pela figura do azeite derramado numa taça sagrada), a hepatoscopia (a leitura do futuro pelos riscos do fígado de animais sacrificados aos ídolos), o uso de árvores sagradas, como os cananeus faziam com os carvalhos (vide o carvalho de Moré, em Gênesis 12.6 - Moreh, em hebraico, significa “mestre”), sonhos após alucinógenos, a interpretação do vôo dos pássaros, tudo isto fazia parte do ofício profético pagão. O profeta pagão não trazia uma mensagem com fundo moral e ético. Apenas buscava descobrir o futuro para orientar os reis sobre guerras a declarar, alianças políticas a fazer ou decisões por tomar, como os adivinhadores e os sábios de Faraó, em Gênesis 41.8. Alguns pastores e pregadores gostam muito do termo “profeta” e gostam mais ainda de usá-lo para si, para terem o direito de falarem o que querem, arrogando-se a famosa “voz profética”. Via de regra, quando alguém alega ter “voz profética”, fico temeroso. Já sei que “vem chumbo” nos outros. É uma postura arrogante de quem emite conceitos sobre a vida alheia com muita facilidade, e não raro, descurando da sua, pessoal. O que, exatamente, é um profeta? O que é profecia? O que o Antigo Testamento nos ensina sobre estes dois termos?

1. EM BUSCA DE DEFINIÇÃO - A terminologia hebraica nos ajuda a responder algumas dessas questões. Comecemos pelo primeiro homem chamado de “profeta”. Surge, com ele, o primeiro termo hebraico, navi 2. É Abraão, em Gênesis 20.7, no testemunho que o próprio Deus dá a Abimeleque: “Restitui a mulher a seu marido, porque é profeta”. O primeiro homem visto como profeta nacional, navi também, é Moisés. Ele se torna, inclusive, o padrão para os demais profetas. Em Deuteronômio 18.15 se lê: “O Senhor teu Deus te suscitará um navi como eu, do meio de ti, de teus irmãos. A ele ouvirás”. Esta palavra é digna de nota porque é a única referência, na lei, à profecia como instituição. Este momento requer nossa atenção, porque Moisés nos é mostrado como o padrão profético.

 

2. A FUNÇÃO DA PROFECIA - Devo este tópico a Archer 3, mas é necessário fazer um reparo a seus argumentos. Ele alista quatro funções básicas da profecia entre os hebreus. Elas são válidas, apesar do reparo que pretendo fazer, e permanecem como balizadoras da função profética em nosso tempo. 1ª) O profeta tinha a responsabilidade de encorajar o povo de Deus a confiar exclusivamente na sua graça, no seu poder. Isso Moisés fez: ensinou que a segurança de Israel estava no poder de Deus, não em Israel. Os profetas das épocas de crise em Israel e Judá também: a nação deveria confiar em Iahweh e não no Egito ou na Assíria. Veja-se, como exemplo, a insistência de Oséias em afirmar que o Egito e a Assíria não salvariam Israel. Aliás, a Assíria acabou destruindo Israel. O profeta é um encorajador do povo de Deus a confiar nele, somente nele. 2ª) O profeta tinha a responsabilidade de avisar ao povo que sua segurança dependia de fidelidade à aliança, ao berith. Moisés e os grandes profetas agiram assim. É bom afirmar que os profetas não pregaram uma mensagem nova, mas reafirmaram os grandes conceitos da aliança. O profetismo não trouxe uma mensagem inédita, mas apenas um chamado à fidelidade à aliança firmada com Iahweh e que culminara na outorga da lei. Ele não criou conceitos, mas revigorou os do passado. O profeta olhava para o passado, para a aliança. O profeta contemporâneo também deve advertir a Igreja para se manter fiel ao novo berith, que Jesus firmou com seu sangue (Mt 26.28). 3ª) O profeta devia encorajar Israel quanto às coisas futuras. Mesmo anunciando o juízo, os profetas avisavam que haveria um remanescente, que teria a missão de trazer o messias ao mundo. O profeta era um criador de esperanças, um anunciador de que o povo tinha um futuro, e devia se preparar para ele. O profeta olhava para o futuro. O profeta contemporâneo também deve 3 Veja sua obra Merece Confiança o Antigo Testamento? (Edições Vida Nova).. Seu arrazoado está às página 334-337. avisar a Igreja sobre o seu futuro de glória, mesmo que no momento presente seja ela enxovalhada pelo mau testemunho de alguns dos seus membros e seja acuada pela pressão de um mundo ímpio. 4ª) A profecia se autenticava, em termos de previsão, quando se cumpria. Archer mostra Deuteronômio 18.21-22: se o que o profeta falasse não se cumprisse, a mensagem não era de Deus. Isto é óbvio, pois Deus não mente nem se engana. Mas o simples cumprimento não basta para autenticar uma profecia. Quem falou com Saul quando ele consultou a médium em En-Dor não foi, obviamente, um profeta divino, mas o que a entidade consultada falou se cumpriu. Deuteronômio 18.22 diz que quando o que for falado não se cumprir, isso não é de Deus. Está certo. Mas o capítulo 13 mostra que se o profeta falar, o que ele falou se cumprir e ele se aproveitar disso para desviar o povo da Palavra, ele deveria ser morto. É o ensino presente em 13.6-9. O padrão para se avaliar a profecia e o profeta não é o cumprimento do que foi falado, mas se aquilo que ele falou está em conformidade com a Palavra de Deus. O padrão autenticador é a Palavra. Isto nos põe diante de uma verdade que não se pode ignorar: o profeta deve ser escravo da Palavra. O profeta é o homem que se prende à Bíblia, fala o que ela fala, não a diminui, não a ultrapassa. E deve encorajar o povo a permanecer fiel no compromisso com Deus, a confiar nele e a se lembrar de sua missão neste mundo. No Novo Testamento encontramos profetas na Igreja e a profecia é mostrada como sendo um dom. O contexto é diferente do encontrado no Antigo Testamento e também diferente até mesmo do nosso tempo. Temos um profeta que vaticina, mostrando o que aconteceria com Paulo (At 21.11-12) e vemo-lo profetizando uma grave fome no Império Romano (At 11.27-30). Mas o básico está aqui: a Igreja está edificada sobre o fundamento dos “apóstolos e profetas” (Ef 2.20), como a comunidade do passado, Israel, estava edificada sobre “sacerdotes e profetas”. O sacerdotalismo judaico, que é o levitismo do templo, cede lugar à Palavra. Os profetas faziam o papel da Palavra ainda não concluída. Como aconteceu com os profetas neotestamentários: eles eram a voz de Deus naquele momento. Temos a Bíblia como voz de Deus hoje. O profeta deve saber interpretá-la e deve saber comunicá-la. Nunca deve ultrapassá-la ou complementá-la. A menos que pense que ela está incompleta ou que ele, o profeta, tenha revelações que se igualam aos ensinos dela. Na realidade, o papel do profeta de hoje, creio que deve ser buscado mais no Antigo Testamento, onde está mais sistematizado e cristalizado. E, mutatis mutandis, buscar, a partir do encontrado no Antigo Testamento, e projetar para como deve ser hoje. Muito do estilo de culto da Igreja foi calcado na sinagoga surgida no período exílico. Alguns, hoje, se intitulam de levitas. E, à luz dos livros históricos iniciais do Antigo Testamento, outros querem trazer até danças para o culto. Nosso culto foi herdado da sinagoga: cânticos, orações e proclamação da Palavra.

-         3. O QUE ERA UM PROFETA – Pensamos em profeta como adivinhador de eventos. É uma generalização imprecisa da palavra. O profeta era um proclamador da Palavra de Deus ao povo. Eventualmente, na proclamação, havia a predição. É preciso diferenciar bem isto. Profecia e predição não são sinônimos. Abraão, o primeiro profeta, nada vaticinou. Moisés, o profeta padrão, proclamou a Palavra de Deus ao povo, com eventuais descortínios do futuro. Mesmo assim, quando falava do futuro, era em termos do que aconteceria ao povo, conforme seu posicionamento diante de Iahweh”. (grifo meu).

A recente avalanche que invadiu as redes sociais dos crentes sobre uma profecia do CAVALO AMARELO – O CAVALEIRO DA MORTE  passaria na madrugada de 30 de março do ano em curso. Essa mensagem  proferida pelo Pr. Ezequias Silva, tem levado criteriosos e estudiosos da Bíblia a se posicionarem com o objetivo de instruir o rebanho do Senhor.

Um dos piedosos homens de Deus por quem tenho grande apreço e desfruto de uma boa amizade, trata-se do Pr. Gilmar Santos, muito conhecido no meio Pentecostal e entre o povo de Deus.

Em seu programa de rádio ele trouxe uma elucidadora palavra sobre o assunto. O conteúdo do video que ele enviou é digno de nota, mormente por ele ser conhecedor da pessoa do Pr. Ezequias Silva. Sem causar polêmicas, o Pr. Gilmar Santos esclareceu os fatos à luz das Escrituras Sagradas com objetividade e isenção.

Ao assistir o video que ele enviou-me, resolvi participar do assunto e enviei-lhe a seguinte nota:

 

 

 

-         “Meu preclaro amigo é companheiro "no resto das aflições de Cristo", paz, saúde e graça da parte de Deus.

Assisti atentamente sua reflexão sobre a polêmica profecia que não se cumpriu, também, aqui em Boston.

Sua palavra foi muito esclarecedora, mormente por trazer considerações sobre a pessoa do Pr. Ezequias - a quem não conheço -, bem como fundamentar biblicamente o modo como devemos atuar como pregadores e ensinadores do Evangelho de Cristo. Sem dúvida, o nobre Pr. Ezequias excedeu na emoção e causou um certo desequilíbrio entre os três elementos - fé, razão e emoção, elementos esses que norteiam nossa conduta enquanto ministramos a palavra.

É preciso extrair lições pedagógicas mesmo em nossos erros; aliás, principalmente quando erramos. Creio que o Pr. Ezequias e todos nós devemos ser muito cuidadosos ao “manejar bem a palavra da verdade”. As vezes, no afã de querermos ajudar, atrapalhamos o processo que está sendo desenrolado por Deus. As consequências de nossas precipitações são inevitáveis. Resta-nos - como o senhor bem ressaltou - orar pelo Pr. Ezequias, sua família e toda igreja sob o seu pastorado.

Obrigado por compartilhar tão oportuno esclarecimento.

Grande abraço.

Pr. Wellington Silva.

Boston, 30 de Março de 2021.

          Amados, urge que atentemos para as palavras do Senhor Jesus: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. Jo 5:39.

          O apóstolo Pedro fecha questão quanto a profecia e o profeta em sua segunda epístola. “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2 Pe 1:20,21.

          A versão NVI ajuda-nos a entender melhor o texto em apreço. “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”. 2 Pe 1:20,21.

-         “Nessa tradução, a relação entre “interpretação” e o resto do verso é percebida mais rapidamente. […] Pedro continua a falar acerca de como as Escrituras vieram a existir (não como elas são interpretadas), logo o sentido de “interpretação pessoal” é decifrado nas palavras que se seguem: “As Escrituras não são as opiniões dos profetas mas as palavras do próprio Deus”. A ênfase de Pedro está em negar a origem humana da palavra profética, pois ele continua a dizer “pois jamais a profecia teve origem na vontade humana”. Os homens não acordaram em uma manhã e pensaram: “Acho que hoje vou escrever um pouco de Escrituras”. A constantemente repetida frase: “A palavra do Senhor veio até mim, dizendo” argumenta a favor dessa verdade, pois com essas palavras o profeta está reconhecendo que as palavras do Senhor não vieram de dentro (do homem) mas de fora. Em sua origem primária, a Escritura não é da Terra mas do Céu.” (grifo meu).

Em contraste ao conceito de Escrituras humanamente originadas, Pedro afirma que os homens falaram por Deus como se, literalmente, tivessem sido “carregados” pelo Espírito Santo. Isso contradiz o que foi dito? Não. Os homens, de fato, falaram. As Escrituras estão em linguagem humana. As Escrituras tiveram autores humanos e eles não eram apenas máquinas de ditado. Eles falavam em suas próprias línguas, a partir de seus contextos, inseridos em suas culturas,  mas o que eles falaram, eles falaram por Deus e apenas na medida em que eles eram “carregados” (ou movidos) pelo Espírito Santo. Aqui está o misterioso (e ainda assim maravilhoso) contato entre o humano e o divino na origem das Escrituras: Enquanto os homens estão falando, eles estão fazendo isso sob o poder e direção do Espírito, para que o resultado desse milagre seja, como Paulo colocou, “respirada por Deus”. Não são os homens em si que são “inspirados” mas as Escrituras, o resultado dessa iniciativa divina de revelação. - Bereianos.blogspot.com    

        Deus tenha misericórdia de nossas vidas e ajude-nos a andar de tal maneira que não venhamos a ser pedra de escândalo. “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.” 1 Co 10:32.

 

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